terça-feira, março 21, 2006

Notas pessoais sobre a nova lista.

Aqui ficam as minhas considerações sobre a nova lista de Banições/Restrições.
Antes de mais, como eu tinha já dito em conversas particulares, o meu palpite revelou-se correcto, a nova lista iria ser uma cópia da que tinha já saído para o Japão, com vista a uniformizar o jogo para os Mundiais.
Dilema que isto trouxe: desde logo, um enorme, esta lista pouco ou nada tem a ver com os problemas do metagame ocidental, e pretende quase só resolver os problemas do metagame a oriente.
E pelos vistos o problema de lá é tão grande que não olharam a meios para o eliminar e que dá pelo nome de Victory Dragon, o monstro que caso com ele se ganhe o primeiro jogo, é match imediato.
Além disso, a Konami deve ter um problema patológico com os One Turn Kill (OTK), pois tudo o que serve para os mesmos acaba banido.
No entanto, em relação àquilo que para cá deveria ser esperado, acho que ficou muito àquem do exigido, perto mesmo dos “mínimos olímpicos”.

Assim temos nas cartas proibidas:

Cyber Jar – ver explicação acima. Não merecia o ban, pois para além estava a ser pouco usada. Era uma forma óptima de acelerar decks mais lentos e mill decks que praticamente ficam sem nada.

Dark Hole – Sai este e entra o Mirror Force, como forma de ficar uma carta que faça “monster mass removal”. Pessoalmente considero a segunda mais equilibrada, pois é mais lenta, sujeita a destruição, e não pune o jogador que apesar de ter vários monstros em cima do campo sabe proteger-se. Fica apenas a questão de, num ambiente carregado com Sakuretsus e Widespread Ruin, não seria de fazer algo quanto a estas duas.

Exchange of the Spirit – Ver explicação acima. Definitivamente mal banida, já que quem conseguisse fazer um deck destes que funcionasse devia ser premiado e não castigado.

Last Turn – Ver explicação acima. Realmente eram decks OTK bem mais fáceis de fazer funcionar que o anterior, mas mesmo assim, a sua eliminação só leva a que cada vez mais pessoas joguem a mesma coisa.

Time Seal – Ver explicação em relação ao Victory Dragon. Mais uma carta que quase não via utilização nenhum, e é banida por motivos que nada têm a ver com os nossos. Além disso, iria ser um excelente aliado do Treeborn Frog, dada a sua versatilidade em termos de timing de activação.


No que diz respeito a cartas restritas a 1:

D. D. Assailant – Concordo inteiramente com esta restrição. A carta era usada e abusada, e à conta do seu efeito impediu muitos decks de ganharem outra consistência competitiva. No meu entender, o actual metagame tem excessivo “monster removal” e esta é um dos seus responsáveis. Pena não terem feito algo pelo resto…

Drop Off – Ainda a questão do Victory Dragon. Não aquece nem arrefece (a não ser o Zaloog aqui há uns tempos atrás… joking )

Graceful Charity - A grande novidade da lista. Pessoalmente gosta da sua reintrodução pois sempre achei que era das cartas mais poderosas mas também mais equilibradas, que sabia recompensar o bom jogador. Altura da activação e escolha das cartas fazem toda a diferença com esta carta e os bons jogadores sabem-no bem.
Agora o que toda a gente fala é que esta carta vai tornar o deck de Dark World um deck imparável e que toda a gente vai mudar para ele.
Discordo inteiramente, pois um deck não pode ir de besta para bestial com uma só carta. É óbvio que o ajuda imenso, mas daí a torná-lo imbatível vai uma grande distância.

Last Will – Ver explicação no princípio e novamente a mesma pergunta: para quê?

Level Limit - Area B – Novamente não se entende, pois se o que se pretendia era atingir os decks de burn, tinham também de tocar no seu sucessor lógico – Messenger of Peace. Não o fazendo não tem sentido.

Mask of Darkness – Restringir esta e permitir a MoF a dois tem toda a lógica do mundo. Mais uma vez, o metagame japonês e a Konami impuseram a lógica do mais forte.

Mirror Force – Ver o que disse em relação ao Dark Hole.

Pot of Avarice – A restrição desta carta fere com gravidade os famosos MPT (Merchant Pot Turbo), mas mesmo assim, como todas as cartas que dão grande vantagem têm de ser limitadas. Adivinhava-se.

Treeborn Frog – Também era previsível e para além do mais, muito possivelmente ele iria ser sempre jogado em número de um, por isso pouco mal vem ao mundo por aqui.

Por ultimo, no que diz respeito a cartas restritas a 2:

Apprentice Magician – sem qualquer efeito, já que esse era o número utilizado num deck.

Deck Devastation Virus – Interessante opção, pois vai permitir uma muito maior utilização desta carta. E atenção que esta carta bem usada pode ser verdadeiramente “game breaking”. Fiends e Zombies podem ter nela um grande aliado.

Magician of Faith – Esta não se percebe mesmo, a que título voltam a permitir esta carta em número de dois, ainda por cima com a volta da Graceful. Depois vão dizer que a esta é “broken” por estar sempre a ser utilizada quando realmente o problema é a MoF. Esperemos que a carta seguinte impeça este problema.

Nobleman of Crossout – Outra estranha escolha, só atendível se servir como contraponto à MoF em número de dois. Para além disso fere seriamente os decks Flip-Flop.

Reflect Bounder – nada a dizer pois já pouca gente joga com isto, por isso até a podiam por em número de três.

Quanto às cartas que deixam de estar restritas:

Abyss Soldier – alguém o joga com a Sinister fora?
Book of Taiyou – Sem decks de OTK para que serve?

Dito isto, o que fica por dizer?
Acima de tudo, toda a gente deve estar já habituada à usual histeria que se sucede a uma nova lista. Toda a gente critica, diz que está tudo mal, mas no fim, quando assenta a poeira, lá voltamos a jogar com o deck que melhor se adapta a nós e ao metagame.
A lista a meu ver dá um impulso ao já referido deck Dark World e com a restrição do Assailant esperem ver muitos mais Horus e Phoenix.
Ainda assim, o deck dominante, Warriors, tirando o Assailant pouco ou nada sofre.
Não falo sobre os Cyber Dragon pois não acho que a carta por si só seja broken e cuidado com o “swarm” à conta dela e acabar numa Mirror Force…
Por último, há uma carta que não consigo entender como ninguém a limita, Spirit Reaper de seu nome.E também teria sido interessante acabar com tanto Smashing e Sakuretsu, mas enfim.

Se nos últimos seis meses o metagame nunca ficou estático (que é o que se pretende) esperem mais do mesmo para os próximos seis meses.
Eu, bem eu vou fazer um deck de Dark World…


1 Comments:

Blogger Snirp said...

Bem, ao dizeres que é facil a um jogador precaver-se da mirror force ( que sim é mesmo )ela deixa de perder o motivo para estar banida.

Talvex desbanirem a mirror + semi limitarem o torrential fosse melhor xD

1:59 da tarde  

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